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Papa Francisco condena no Vaticano o tráfico de seres humanos, que considerou como uma “vergonha”

O Papa condenou no Vaticano o tráfico de seres humanos, que considerou uma “vergonha”, e apelou à ação da Igreja e da comunidade internacional em favor dos que são forçados a abandonar o seu país.

“O tráfico de pessoas é uma atividade ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas: exploradores e clientes, a todos os níveis, deveriam fazer um sério exame de consciência diante de si e diante de Deus”, declarou, numa audiência aos responsáveis do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), da Santa Sé.

Segundo o Papa, a “praga” do tráfico de seres humanos está “cada vez mais ligado às crianças”, envolvidas nas “piores formas de exploração e recrutadas mesmo para conflitos armados”.

“A Igreja renova hoje o seu forte apelo para que sejam sempre tuteladas a dignidade e a centralidade de todas as pessoas, no respeito pelos direitos fundamentais, como sublinha a sua Doutrina Social”, acrescentou.

Francisco lamentou que “num mundo onde se fala tanto de direitos”, pareça que “o único a tê-los seja o dinheiro”.

“Vivemos num mundo, numa cultura onde reina o fetichismo do dinheiro”, alertou.

A plenária do CPPMI é dedicada ao tema ‘A solicitude pastoral da Igreja no contexto das migrações forçadas’ e coincide com o lançamento de um novo documento do Vaticano com “orientações pastorais” para o setor, que será publicado a 6 de junho.

O texto visa chamar a atenção sobre “milhões de refugiados, deslocados e apátridas”, adiantou o Papa, para quem é necessário “sensibilizar as comunidades cristãs” para estas questões.

Francisco recordou que estas populações sofrem por causa da “violência, o abuso de poder, a distância da família, acontecimentos traumáticos, a fuga dos seus lares, a incerteza sobre o futuro”.

“Convido sobretudo os governantes e legisladores e toda a comunidade internacional a tomar em consideração a realidade das pessoas que são forçadamente desenraizadas com iniciativas eficazes e novas abordagens”, declarou.

O Papa apontou em particular a importância de “enfrentar os desafios que emergem de formas modernas de perseguição, de opressão e de escravatura”.

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