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Parlamento italiano aprova moção sobre ações na Líbia

O Parlamento italiano aprovou moções sobre a Líbia que pedem para o governo, mediante  iniciativas políticas e diplomáticas, se empenhar na busca por um cessar-fogo e incentivar a transferência do comando das operações para a Otan.

Na Câmara dos Deputados, foram aprovadas duas moções. Uma foi apresentada por partidos de oposição, e outra pelas legendas governistas.

Os governistas conseguiram 300 votos favoráveis e 293 contrários, além de duas abstenções. Os opositores, por sua vez, tiveram 547 votos a favor, 10 contras e 29 abstenções.

"Estou satisfeito, mesmo que, no fundo, é uma repetição daquilo que aconteceu nesta última quarta-feira. Foi uma grande disponibilidade da maioria em acolher o que tantos, como [o presidente Giorgio] Napolitano, haviam desejado", disse o ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa.

Foram apresentadas cinco moções diferentes, mas só duas aprovadas: o texto apresentado pela base governista (o mesmo que foi votado na Câmara) e o do principal partido de oposição, o Partido Democrático (PD).

A moção governista teve 156 votos a favor e 15 contra, enquanto a oposição conquistou 127 pareceres favoráveis e cinco abstenções. Ambas resoluções contêm as mesmas recomendações ao Executivo, como reativar os acordos bilaterais com Trípoli, confiar à Otan o comando das operações e controlar o Mediterrâneo para neutralizar uma possível onda de imigrantes.

A votação foi marcada por confusões e divisões, pois governo e oposição, mesmo de acordo com os termos gerais dos documentos, não quiseram dar vantagens um ao outro.

O debate durou mais de cinco horas. A primeira tensão foi ocasionada pela ausência do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, a quem a oposição queria questionar sobre suas ligações com o ditador líbio, Muammar Kadafi.

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