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Pesquisa revela as nuances do tráfico humano do Brasil para a Itália

A organização não governamental Centre for Migration Policy Development (ICMPD) divulgou, um estudo sobre o tráfico humano, invariavelmente para fins de prostituição, do Brasil para a Itália e Portugal. O trabalho constata, por exemplo, que nos últimos anos, transexuais e mulheres jovens são recrutados diretamente em suas casas, em cidades das regiões periféricas e mais pobres do Brasil, como o Nordeste, em detrimento dos grandes centros urbanos.

Nesses locais ainda há pouco conhecimento a respeito do fenômeno do tráfico de seres humanos ou sobre os direitos dos migrantes.  centros urbanos.  O estudo indica que os principais estados de recrutamento das vítimas são Paraná, Goiás, Minas Gerais, Pará, Piauí e Pernambuco.

O estudo constata ainda que a chegada de transexuais brasileiros na Itália iniciou principalmente no final dos anos 70 e início dos anos 80. Mesmo assim, o fenômeno não chamou a atenção dos pesquisadores locais.

Os envolvidos nesse tráfico para fins de exploração sexual  têm entre 20 e 30 anos, baixa escolaridade e expectativas reduzidas de mobilidade social. No caso dos transexuais, a Europa surge como o destino dos sonhos, a partir de uma constatação de que, quando se é transexual, a única maneira de garantir um rendimento razoável é por meio da prostituição.

A pesquisa, com base em entrevistas, analisa a situação dos brasileiros que se prostituem na Itália e em Portugal, formas de exploração, condições de vida, assistência e outros aspectos.

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