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Plebiscito em San Marino aprova descriminalização do aborto

A população da República de San Marino, enclave de menos de 35 mil habitantes situado no norte da Itália, aprovou a descriminalização do aborto.

O “sim” à proposta obteve uma vitória esmagadora com 77,28% dos votos, contra 22,72% do “não”, e abre caminho para legalizar a interrupção voluntária da gravidez 43 anos depois da Itália, país ao qual a vida são marinense está profundamente ligada.

O plebiscito de iniciativa popular foi capitaneado pela União das Mulheres São-Marinenses (UDS) para reverter uma lei que pune o aborto com até seis anos de prisão.

San Marino é um estado confessional católico e se define como um país fundado por um santo em 301, mas essa tradição religiosa não impediu o resultado. “Todo o empenho que tivemos foi recompensado, as mulheres confiaram em nós”, comemorou Rosa Zafferano, dirigente da UDS.

Agora o Congresso de Estado, poder Executivo de San Marino, tem seis meses para redigir um projeto de lei sobre a descriminalização do aborto. Em seguida, o texto será votado pelo Parlamento local.

O papa Francisco, sem citar a república são-marinense, voltou a criticar as leis que autorizam o aborto, em discurso na Pontifícia Academia para a Vida.

“As crianças que não queremos receber estão entre as vítimas da cultura do descarte, com leis sobre o aborto que as mandam para o remetente e as matam. Isso se tornou normal, um hábito, uma coisa horrível, um homicídio”, declarou.

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