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Poderoso chefe da máfia na Itália decide colaborar com justiça

Um dos últimos chefes do clã Casalesi, um dos mais cruéis da máfia Camorra, Francesco Schiavone, conhecido como “Sandokan”, preso em 1998 e que até agora se mantinha em silêncio, decidiu colaborar com a Justiça e pode revelar segredos importantes.

A informação foi divulgada pelo jornal diário “Cronache di Caserta” e confirmada pela Direção Nacional Antimáfia (DDA).

Apelidado de “Sandokan”‘ em homenagem ao herói de ação fictício, o líder indiscutível do clã napolitano teria decidido cooperar com os promotores de Nápoles após 26 anos de prisão sob o duro regime prisional 41-bis.

Nos últimos dias, a polícia teria ido à base do clã em Casal di Principe para convidar os familiares de Schiavone, incluindo o seu filho Ivahnoe, a entrar no programa de proteção.

Dois outros filhos, Nicola e Walter, decidiram tornar-se testemunhas do Estado, respectivamente, em 2018 e 2021, enquanto Emanuele Libero e Carmine permanecem na prisão e a esposa de Sandokan, Giuseppina Nappa, não está em Casal di Principe.

As ameaças de morte dos Casalesi empurraram o escritor e jornalista antimáfia Roberto Saviano para um esquema de proteção policial após a publicação do livro “Gomorra”, a sua obra mais vendida sobre a Camorra em 2006.

Preso em 1998 e condenado à prisão perpétua em 2008, no julgamento de “Spartacus” contra do clã Casalesi, Schiavone pode revelar segredos sobre uma série de mistérios não resolvidos, incluindo o assassinato em 1988 do fundador do clã, Antonio Bardellino, no Brasil, e sobre a relação entre a máfia da Camorra e a política.

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