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POLÊMICA: Nobel de física ensina outro jeito de cozinhar macarrão e revolta italianos

Tudo começou quando Giorgio Parisi, físico italiano vencedor do Prêmio Nobel de 2021, opinou sobre qual seria a melhor maneira de cozinhar macarrão economizando gás.

Segundo o teórico, a fórmula envolve colocar a massa em uma panela com água fervente, esperar cerca de dois minutos, tampar o recipiente e desligar o fogão. Isso pouparia cerca de oito minutos de consumo de energia.

Vale dizer que o Nobel de Parisi não teve nada a ver com a cocção de macarrão. O físico da Universidade Sapienza de Roma foi laureado por suas “soluções teóricas para uma vasta gama de problemas na teoria de sistemas complexos”.

De toda forma, seus conhecimentos culinários desagradaram chefes de cozinha. Antonello Colonna, italiano que é detentor de uma estrela Michelin, disse que o método tornaria a massa borrachuda. Por conta disso, o prato feito dessa forma nunca poderia ser servido em um restaurante de alta qualidade — como o dele.

Nas redes sociais, os paladinos da moral e bons costumes seguiram a mesma linha do chef estrelado, e criticaram a ousadia do físico de pensar em uma maneira alternativa de cozinhar pasta.

Procurando fomentar a discussão, cientistas da Nottingham Trent University, na Inglaterra, resolveram testar diversas formas de cozinhar o alimento. Ao final, perceberam que a receita mais eficiente envolvia um passo extra: colocar a massa seca dentro da água fria antes do preparo. Dessa forma, a água já vai penetrando na massa, reidratando-a e amolecendo-a.

Depois, deve ser feito o cozimento, que aquece a massa, faz com que as proteínas se expandam e torna o produto comestível. Essa parte, já com a água quente, deve durar de um a dois minutos. A equipe confirmou que colocar a tampa ajuda a manter o calor e cozinhar o alimento, evitando o desperdício de gás.

Os pesquisadores garantem que o sabor do alimento fica satisfatório. Talvez não seja como comer em um restaurante renomado, mas a economia é válida.

Especialistas da Unione Italiana Food foram além e fizeram um cálculo interessante: a prática do ganhador do Nobel, se adotada no país do macarrão, poderia economizar até 47% da energia normalmente consumida pelos italianos.

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