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Polícia italiana desmonta esquema entre ONGs e máfia

Entidades participavam do sistema de acolhimento a migrantes

A Guarda de Finanças de Lodi, no norte da Itália, efetuou medidas cautelares contra 11 pessoas acusadas de participação em um esquema envolvendo ONGs de fachada e supostos membros da ‘ndrangheta, a máfia calabresa.

Os suspeitos são acusados de formação de quadrilha, fraude ao Estado e lavagem de dinheiro. Eles atuavam em quatro organizações que teriam fraudado documentos para participar de licitações relativas a serviços de acolhimento de migrantes nas províncias de Lodi, Parma e Pavia.

O esquema teria gerado um lucro de 7,5 milhões de euros, dos quais 4,5 milhões teriam sido usados para “fins pessoais”. Das 11 pessoas afetadas pela operação, uma foi presa em regime fechado, cinco estão em detenção domiciliar e outras cinco foram proibidas de deixar suas cidades.

O inquérito nasceu da análise das movimentações bancárias nas contas correntes de um consórcio de ONGs que operam na gestão de migrantes. As entidades de fachada são ligadas a “notórios condenados por conexão com a ‘ndrangheta”, de acordo com o Ministério Público.

Elas teriam sido usadas para permitir que detentos fossem beneficiados com medidas alternativas por meio de sua contratação pelas falsas ONGs, que se chamam “Volontari Senza Frontiere”, “Milano Solidale”, “Amici di Madre Teresa” e “Area Solidale”.

O procurador do caso, Gianluca Prisco, no entanto, afirmou que essas entidades são “exceções” e que outras “fizeram boas gestões no acolhimento de migrantes”.

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