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POLÍTICA ITALIANA: Matteo Salvini promete “tesourar” recursos para acolhimento de imigrantes

O secretário do partido nacionalista de direita Liga, Matteo Salvini, tomou posse como ministro do Interior, com a promessa de reduzir a migração clandestina no Mediterrâneo e deportar imigrantes ilegais.

"Os imigrantes que acampam aqui no almoço e na janta são evidentemente excessivos", declarou Salvini após deixar a Presidência da República para seu juramento, evidenciando qual será sua prioridade no cargo.

Atualmente, a Itália repatria cerca de 6 mil imigrantes por ano, mas o problema é que, para mandá-los para casa, é preciso ter acordos com os países de origem. Até agora, Roma assinou tratados do tipo com cinco nações: Tunísia, Egito, Nigéria, Sudão e Gâmbia.

Para aumentar a eficácia desses compromissos, no entanto, é preciso dinheiro, e Salvini já tem uma ideia de onde tirar os recursos. "Gostaria de dar uma bela tesourada naqueles 5 bilhões de euros [destinados ao acolhimento], que me parecem muito", declarou.

O contrato de governo entre Movimento 5 Estrelas e Liga estima em 500 mil o número de imigrantes clandestinos vivendo na Itália, onde já se prenunciam eventuais batalhas com a Igreja Católica, defensora do acolhimento de refugiados e migrantes forçados.

"Comecei a cultivar úteis e numerosas relações com expoentes do mundo católico. Trabalharemos juntos, os surpreenderemos, encontraremos convergências", minimizou o novo ministro do Interior, que durante a campanha havia jurado sobre o Evangelho.

"Com eles [os católicos], há muito mais proximidades do que distâncias, porque o acolhimento, dentro de limites e regras, é do interesse de todos", acrescentou. Salvini pode levar suas políticas para o debate europeu.

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