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Premier italiano pede que países reforcem comunicação

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, discursou durante a assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS) e cobrou que os Estados-membros reforcem a troca de informações e os sistemas de alertas.

“Temos que admitir: não estávamos completamente preparados para uma crise global assim grande. Nós demonstramos grande capacidade de recuperação, mas agora somos chamados a aprender as nossas lições e, seguramente, temos muito a aprender.

Precisamos reforçar os mecanismos de alarme rápido, de troca de informações, de identificação das melhores práticas para melhorar a preparação à pandemia da comunidade internacional”, disse Conte por videoconferência.

Durante sua fala, o premier também lembrou da aliança internacional para descobrir uma vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2), que foi liderada pela OMS, e que envolveu dezenas de países. Segundo o italiano, a ferramenta “ACT Tools Accelerator é uma plataforma global para acelerar os esforços para uma vacina”, mas também para “garantir diagnósticos e um acesso universal e igual aos tratamentos que salvam vidas”. “Não podemos deixar ninguém para trás”, destacou ainda.

Ao falar especificamente sobre a Itália, Conte ressaltou o esforço dos moradores e celebrou que o país está entrando em uma nova fase de combate à Covid-19 de maneira otimista e cautelosa.

“A Itália foi um dos primeiros e mais atingidos países dessa pandemia. Em março, precisamos tomar medidas drásticas para conter a difusão do vírus. Depois de dois meses, os dados epidemiológicos são encorajadores: confirmamos que os nossos esforços e sacrifícios coletivos deram seus frutos”, pontuou.

Conte disse ainda que, mesmo com o afrouxamento das rígidas medidas de isolamento social, o país está mantendo uma “rigorosa segurança” nas atividades sociais e comerciais por todo o território. “Continuamos a reforçar a nossa infraestrutura sanitária, aumentando as unidades de terapia intensiva e contratando médicos e operadores sanitários. Nós ampliamos os testes e desenvolvemos um plano de monitoramento nacional em sinergia com as nossas autoridades locais. Estamos entrando na fase dois com otimismo cauteloso e senso de responsabilidade”, garantiu.

O líder do governo italiano aproveitou o momento para apoiar a OMS, em um cenário em que os Estados Unidos fazem duras acusações contra a entidade. Por conta disso, foi aprovada uma investigação “no momento oportuno” da atuação da Organização na resposta à crise sanitária.

Ressaltando que a Itália usou como guias a “ciência, a pesquisa e a medicina”, Conte ainda destacou que o país sempre promoveu o “reforço da liderança global e da solidariedade internacional para esse momento”. “Como país empenhado em um eficaz multilateralismo, a Itália acredita que devemos melhorar a nossa arquitetura sanitária global, também reforçando o papel da OMS. Só há poucos meses, comemoramos os 40 anos da erradicação da varíola, que teve contribuição fundamental da OMS. Agrademos o trabalho de longa data da Organização para a proteção da saúde das pessoas, muitas vezes, em circunstâncias muito difíceis”, disse ainda o primeiro-ministro.

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