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Presidente da Costa Crociere oferece ajuda a afetados do navio italiano. Resgate é suspenso

Em entrevista coletiva em Gênova, Pier Luigi Foschi, presidente da Costa Crociere, dona do navio Costa Concordia, que adernou na Itália durante o fim de semana deixando ao menos seis mortos, disse nesta segunda-feira que as prioridades são atender aos passageiros afetados e gerenciar os riscos ambientais na região antes de mover o navio. No local do acidente, o resgate foi suspenso temporariamente devido ao mau tempo e inclinação da embarcação.

Foschi disse ainda que o Costa Concordia passou todos os testes de segurança em 2011 e que uma vez que a situação de resgate e de atendimento a todos os passageiros afetados esteja concluída, a Costa Crociere deve ter como prioridade assessar os riscos ambientais do acidente.

O chefe da companhia de cruzeiros disse ainda que a empresa prestará auxílio jurídico ao comandante da embarcação, Francesco Schettino, mas que é impossível descartar os indícios de erro humano durante o acidente e que "uma alteração de rota não autorizada" foi executada pouco antes de o navio colidir-se com uma rocha.

Cerca de 15 passageiros continuam desaparecidos, e segundo a emissora britânica BBC os trabalhos de resgate foram suspensos na manhã desta segunda-feira devido às condições de mau tempo e ao fato de que o navio se inclinou ainda mais, movendo-se 9 centímetros na vertical e 1,5 centímetro na horizontal por causa da agitação do mar.

A expectativa é retomar as operações assim que possível.

O Costa Concordia tinha toneladas de combustível em seus tanques, o que preocupa as autoridades italianas quanto ao risco de um desastre ambiental de grandes proporções –o que poderia afetar diretamente o ecossistema do Mar Tirreno, no Mediterrâneo, e o turismo da costa do Estado da Toscana.

Mais cedo, o ministro italiano do Meio Ambiente, Corrado Clini, disse que o acidente representa "um risco muito alto" para o meio ambiente da ilha de Giglio e "uma intervenção é urgente".

"O objetivo é evitar que o combustível vaze do navio. Nós trabalhamos com esta possibilidade", declarou Clini, após o naufrágio que deixou pelo menos seis mortos e quinze desaparecidos.

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