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Primeiro-ministro italiano Mario Monti admite que o país “está marcado por fortes tensões sociais”


O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, afirmou que o país "está marcado por fortes tensões sociais", referindo-se aos recentes protestos e ataques cometidos contra escritórios públicos e empresas.

Segundo ele, "é normal que a situação de precariedade aumente o estado de mal-estar", mas "é necessário reagir todos juntos diante da crise, sem gerar suspeitas entre nós".

O premier destacou que as tensões sociais ocorrem "pela falta de trabalho, pela dificuldade em administrar as empresas e também por uma crise profunda, gerada por rápidas transformações e por inevitáveis desorientações que as mesmas implicam".

Mas Monti pediu para que ninguém "se renda" a essas tensões e que, em contrapartida, lute pelo "esforço comum".

"A crise econômica, se não é enfrentada com convicção e coragem, pode se converter em algo cultural e de valores. Assim, é inevitável que aumente o mal-estar social, que a precariedade alimente um sentido de desconforto e que apareçam graves sinais de deterioração da coesão social".

Nas últimas semanas, um grupo anarquista cometeu um atentado contra o administrador da empresa Ansaldo Nuclear, assim como foram enviados pacotes-bomba a escritórios da Equitalia (entidade pública de arrecadação de impostos na Itália). Também foram registrados suicídios de empresários e cidadãos endividados.

A Itália tem passado por uma crise econômica e financeira devido à sua dívida pública equivalente a 120% do Produto Interno Bruto (PIB).

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