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Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi anuncia que governo dará 80 euros às mães

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, anunciou que o bônus de 80 euros, que já é dado às famílias com renda inferior a 1,5 mil euros por mês, será pago também às mães nos três primeiros anos de vida dos filhos a partir de 2015.

Em entrevista ao Canal 5, Renzi destacou que com essa medida serão dados cerca de "500 milhões de euros às famílias italianas". Ele também voltou a defender a Lei de Estabilidade aprovada pelo Conselho de Ministros na semana passada e voltou a defender que com essa medida, as famílias não pagarão sozinhas pela crise econômica.

"Todos estão um pouco bravos, as regiões, os sindicatos, os magistrados. Eu não tenho a verdade no meu bolso, mas nós estamos há oito meses no governo e vi que ou fazemos todos juntos um esforço restituindo o dinheiro aos cidadãos ou não haverá futuro", destacou o primeiro-ministro.

Ele voltou a repetir o discurso feito na semana passada, onde afirmava que "há 20 anos sempre foram as famílias que pagaram" pela crise. "Agora, se nós cortarmos um pouco dos Ministérios e das Regiões, não é preciso lamentar. Pela primeira vez após anos, a lei de estabilidade de 2015 prevê o corte de 18 bilhões em taxas, isso é muito dinheiro. Entendemos que a Itália não pode continuar pedindo sempre que o povo pague", ressaltou.

Questionado sobre a reforma trabalhista, ele disse que o trabalho é um de seus principais objetivos, mas que é preciso mudar algumas coisas no sistema italiano, pois "um empresário paga um saco de dinheiro, mas muito disso não chega aos trabalhadores". Renzi se referia ao fato de que "a despesa do empresário é comida pelo Estado, por isso precisamos colocá-lo em dieta".

Além do corte em taxas e custo da máquina pública, a Lei de Estabilidade prevê aumentar a arrecadação em 3,8 bilhões de euros apenas reforçando a luta contra a evasão fiscal. As medidas têm como objetivo cobrir o programa de diminuição de impostos anunciado pelo primeiro-ministro. A partir de 2015, será zerado o componente trabalhista do Imposto Regional sobre as Atividades Produtivas (Irap) para as empresas. A meta é incentivar as contratações por tempo indeterminado nas companhias italianas, enfrentando o alto desemprego no país.

O premier também falou sobre a polêmica na Itália sobre a união civil de pessoas do mesmo sexto, da qual um dos seus principais ministros, Angelino Alfano, é veementemente contra.

"A lei ao estilo alemão é um bom ponto de mediação e consente às uniões do mesmo sexo os direitos civis.

Em quanto tempo? Logo após a reforma eleitoral, que já foi ligeiramente debatida, mas que entrará no próximo ano, a proposta começará a ser examinada pelo Senado. Há muita polêmica sobre esse tema, algumas quase ideológicas e outras ligadas ao medo", disse o premier ressaltando que para seu governo só interessam "regras sérias".

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