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Roma vive caos por greve em serviços públicos contra Renzi

A capital italiana, Roma ficou caótica devido à greve geral de funcionários públicos, incluindo os do setor de transporte. Os serviços das linhas A e B do metrô, assim como a estação ferroviária Termini, ficaram paralisados ou parcialmente interrompidos. Os ônibus também operaram com dificuldades no centro urbano e nas zonas periféricas. A greve ainda atingiu as escolas e as representações de serviços públicos e tem como objetivo "protestar contra as políticas econômicas do governo" do primeiro-ministro Matteo Renzi "ditadas pela União Europeia" e contra o referendo constitucional.   

A votação do referendo ocorrerá no dia 4 de dezembro e, caso o texto seja aprovado, alterará pontos da Constituição italiana que regulamentam o exercício político. Uma das mudanças é o fim do bicameralismo paritário, que deixará apenas a Câmara dos Deputados com a função de aprovar leis (o Senado virará um órgão consultivo). Também será criado um prazo para os projetos de lei serem aprovados. A outra mudança é a abolição de províncias na Itália e a redução da burocracia do cidadão ter que pedir permissão em quatro instâncias administrativas para certos assuntos. Em Turim, a greve foi aderida por cerca de 60% dos funcionários do serviço de transporte, mas o metrô funciona normalmente, assim como em Nápoles, onde apenas um agente do metrô cruzou os braços.

Entre os trabalhadores de ônibus, a adesão foi de 22%. Mas os sindicatos italianos prevêem fazer novas manifestações, junto com o movimento "Coordenação Social do 'Não' ao Referendo", que convocaram o "No Renzi Day". "Será a primeira manifestação nacional pelo 'não' organizada por uma ampla rede de forças sociais, sindicais e políticas", disse, em nota, a União Sindical de Bases (USB).

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