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Rússia ataca Itália e diz que política energética é “suicídio”

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, voltou a atacar a Itália por conta das políticas adotadas desde o início da invasão de Moscou à Ucrânia. Dessa vez, o alvo foi a questão energética, que prevê cada vez mais a redução da necessidade de uso do gás natural russo.

“Roma está sendo levada ao suicídio econômico com o frenesi das sanções euro-atlânticas. O plano foi imposto a Roma por Bruxelas, que sua vez age a mando de Washington, mas no fim são os italianos que vão sofrer”, disse a representante do governo russo em um post no Telegram.

Zakharova ainda afirmou que as empresas italianas “serão destruídas pelos irmãos do outro lado do oceano”.

Desde o início da guerra, em fevereiro, o premiê italiano, Mario Draghi, é um dos principais defensores europeus da política de sanções e da redução da dependência energética da Rússia.

Por conta disso, seu governo já fechou vários contratos com outros países para reduzir cada vez mais as compras de Moscou, além de seguir a politica de redução de gastos da União Europeia.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, acusou o governo da Rússia de dar as declarações para interferir na campanha eleitoral em andamento no país. Di Maio faz oposição ao bloco de centro-direita, que está liderando as pesquisas para o pleito de 25 de setembro e é constantemente acusado de ter ligações com Moscou.

“Está claro que a Rússia decidiu entrar diretamente na campanha eleitoral de um Estado soberano e está tendo um claro papel de ingerência. Por isso, convido a todas as forças políticas italianas a mandarem essa ingerência de volta. Putin está fazendo uma chantagem com a Europa e é por isso que a Itália deve agir reduzindo o preço das contas de energia”, disse Di Maio.

Segundo um relatório divulgado pelo Ministério de Transição Ecológica (Mite), as medidas de contenção no uso do gás serão ampliadas pelos próximos 15 dias – com exceção de centros médicos e hospitalares.

A estimativa é que esse período provoquem um redução potencial de “5,3 bilhões de metros cúbicos de gás” considerando também a potencialização do uso de outros tipos de fontes de energia elétrica.

O Mite ainda informou que os estoques de gás nesse início de setembro “já estão em 83%, além da meta definida” e que “está em linha” para conseguir garantir a segurança energética para o período de inverno.

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