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Senado da Itália barra paridade de gênero em documentos

O Senado da Itália barrou uma proposta para introduzir a paridade de gênero nas comunicações institucionais da casa.

A iniciativa recebeu 152 votos favoráveis e 60 contrários, além de 16 abstenções, mas ficou abaixo da maioria absoluta necessária para esse tipo de votação (161 de um total de 321).

A medida havia sido proposta pela senadora Alessandra Maiorino, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), e previa a introdução de uma “linguagem inclusiva” no regulamento interno no Senado.

O texto delegava à presidência da casa a tarefa de “estabelecer os critérios gerais a fim de que fosse assegurado o respeito à distinção de gênero na linguagem da comunicação institucional, por meio de fórmulas e terminologias que prevejam a presença de ambos os gêneros e das relativas distinções morfológicas”.

Em outras palavras, a proposta estabelecia que o uso do masculino como forma de generalização fosse substituído pela utilização conjunta com o feminino, “no respeito do princípio de paridade entre homens e mulheres”.

“O Senado perdeu hoje uma grande ocasião para tornar a linguagem institucional mais inclusiva e paritária”, afirmou o M5S. “Se essa é uma antecipação do novo Parlamento, temos mais um motivo para lutar com força”, reforçou a senadora de centro-esquerda Monica Cirinnà, do Partido Democrático (PD).

A votação foi secreta, mas o PD e o M5S atribuem a derrota da proposta aos partidos de direita, que são favoritos nas eleições antecipadas de 25 de setembro.

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