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Senado italiano aprova lei contra corrupção parlamentar

O Senado italiano aprovou o projeto de lei contra o "voto de scambio político-mafioso" e que, agora, virou lei. A votação obteve 191 votos a favor, 32 contra e 18 abstenções.

A lei contra o "voto de scambio" visa agir contra qualquer tipo de corrupção no Parlamento, interna e externa, inclusive com ligações com a máfia. E não se trata apenas de transações em dinheiro neste caso, mas também as envolvendo "outros benefícios" em acordos entre políticos e organizações mafiosas, como prevê o projeto. Ou seja, qualquer tipo de vínculo ou favores poderá ser passível de punição.

Porém, as penas para este tipo de crime que eram de 7 a 12 anos de detenção passam para 4 a 10 anos.

Durante a votação, os parlamentares do partido Movimento 5 Estrelas (M5S), liderado pelo comediante Beppe Grillo, causaram tumulto e exibiram cartazes com foto-montagens do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi usando chapéus de "mafioso" e os dizeres "os poderosos chefões do voto de scambio". Eles também seguravam fotos do ex-premier Silvio Berlusconi e do presidente do país, Giorgio Napolitano.

O senador do M5S Mario Michele Giarrusso declarou durante discurso na sessão que o projeto de lei se transformou em uma "norma inútil" e que a lei é "um favor à máfia e seus aliados". O senador do Partido Democrático (PD), comandado por Renzi, Franco Mirabelli anunciou o "sim convicto" em favor do "voto de scambio" e declarou ao M5S que "no entanto, se desejarem, amanhã poderão apresentar uma proposta de lei para aumentar as penas para 7 a 12 anos novamente". A declaração provocou protestos dos membros do M5S.

Mirabelli pediu para o M5S para "não fazer propaganda eleitoral sobre uma questão tão importante como a máfia, pois a máfia também serve para desacreditar as instituições, assim como vocês estão fazendo."

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