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Silvio Berlusconi volta a sinalizar possível candidatura em 2013 na Itália

O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi afirmou que, dependendo da lei eleitoral que estiver em vigor no próximo pleito, em 2013, ele poderá apresentar novamente como candidato à Presidência do Governo.

"Tudo dependerá das condições que prevalecerão e de qual será a lei eleitoral em questão", afirmou Berlusconi ao embarcar em um cruzeiro organizado pelo jornal Il Giornale, de propriedade de sua família, que fará escala em vários portos italianos.

As próximas eleições gerais italianas estão previstas para ocorrer em 2013, enquanto os partidos políticos atualmente negociam uma mudança na lei existente, a chamada "porcellum".

A "porcellum" é de 2005 e foi imposta pelo governo de Berlusconi para lhe garantir mais cinco anos no poder. No entanto, a medida acabou se rebelando contra seu próprio inventor, que perdeu as eleições de 2006 para o progressista Romano Prodi por menos de 25 mil votos.

Em 2008, essa lei permitiu que Berlusconi recuperasse o poder, que abandonou em novembro do ano passado, sendo substituído pelo tecnocrata Mario Monti. A atual lei garante à lista ou coalizão mais votada, ainda que por apenas um voto de diferença, a maioria absoluta na Câmara dos Deputados.

Além disso, a legislação estabelece que, para poder chegar ao plenário, os partidos que estiverem sozinhos devem alcançar um mínimo de 4% dos votos. Daí que a esquerda, comunista e ecologista, ficou, pela primeira vez na história do Parlamento italiano, de fora desta legislatura.

Nos últimos meses, os colaboradores de Berlusconi asseguraram que o magnata voltaria a ser candidato à Presidência do Governo. Em julho, o próprio Berlusconi assegurou que voltaria a se apresentar para não perder seus 18 anos de "compromisso político".

Berlusconi, que no próximo dia 29 de setembro completará 76 anos, também disse hoje que a Itália necessita "um guia de verdade" para governar o país e que é preciso acabar com "esta política que leva o país irremediavelmente à recessão".

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