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Ministro da Saúde da Itália pede clareza para Salvini e Meloni sobre vacinação

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, disse que a pandemia de Covid-19 “ainda é um problema em aberto” e pediu para os candidatos às eleições de 25 de setembro expressarem clareza sobre o apoio à campanha de vacinação.

Em entrevista à imprensa italiana, o ministro citou principalmente alguns expoentes de centro-direita, além do ex ministro do Interior e líder do ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, e da deputada de extrema direita Giorgia Meloni, líder nas pesquisas para as eleições parlamentares.

“Chega de ambiguidades, digo a Salvini, Meloni, vamos ter palavras claras sobre vacinas. Devemos considerar que, aconteça o que acontecer depois de 25 de setembro, o país continuará na linha do respeito às evidências científicas”, enfatizou.

Speranza ressaltou ainda que o futuro governo da Itália “não pode “cometer erros em um assunto tão delicado”.

“Apelo a todos os dirigentes para que digam que depois de 26 de setembro a campanha de vacinação continuará com a mesma determinação”, apelou.

O ministro da Saúde pediu a todos que reforcem a ideia, principalmente “as forças políticas onde  houve elementos de ambiguidade”.

“Diante desta encruzilhada não podemos dividir e precisamos de uma grande e verdadeira aliança, reunindo todas as forças democráticas e progressistas”, acrescentou ele, lembrando que perder um voto sequer significa favorecer a direita.

Durante a entrevista, Speranza voltou a apelar para todas as pessoas com mais de 60 anos para tomarem uma dose de reforço adicional, de acordo com a indicação das duas organizações internacionais de referência, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o Centro Europeu de Controle e Vigilância de Doenças.

“O meu apelo às pessoas com mais de 60 anos ou fragilizadas é que reservem imediatamente uma dose adicional de vacina tendo em conta os meses mais complicados, tradicionalmente outono e inverno”, afirmou.

Em relação ao uso de máscara nas escolas, Speranza disse que, “a princípio, certamente não será obrigatória, depois o quadro epidemiológico será avaliado passo a passo”.

“Sem obrigação não significa, no entanto, sem máscara, isso vale para um estádio, para uma noite no cinema ou no teatro. Dizer que não há obrigação significa sempre assumir um elemento de responsabilidade individual”, explicou.

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