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Cúpula de segurança na Itália debate acolhimento de afegãos

A ministra do Interior da Itália, Luciana Lamorgese, presidiu na sede da prefeitura de Palermo, a comissão nacional de ordem pública e segurança e debateu o acolhimento de cidadãos afegãos após o grupo Talibã assumir o controle de boa parte do Afeganistão.

“Começamos o Comitê de Ordem e Segurança falando sobre o Afeganistão, porque a notícia da captura de Cabul chegou pouco antes. E decidimos focar nos problemas relacionados com a recepção de cidadãos afegãos que colaboraram com as tropas italianas” no país, disse a ministra italiana à imprensa.

Lamorgese explicou que, até agora, a Itália recebeu 228 pessoas, mas a atual situação no país asiático vai causar uma “aceleração da recepção”.

“Estamos em estreito contato com os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa para tentar dar o melhor de todos numa situação tão delicada”, acrescentou ela.

A política ainda previu que “haverá um novo fluxo de migrantes afegãos chegando pela rota dos Bálcãs, mas também pelo mar”. “Sei que a Acnur deu uma quantificação dos fluxos nos próximos meses que podem nos preocupar, também levando em conta o risco de terrorismo”.

Desta forma, o governo italiano continuará monitorando “a situação para ter garantia de todas as forças de que irão operar da melhor maneira possível”.

“No Afeganistão tudo aconteceu em muito pouco tempo. Até mesmo ir ao aeroporto pode ser um problema. Há relatos do Talibã de que eles não tomarão medidas imediatas até que haja uma ação conjunta das autoridades locais. Isso deve garantir a saída de dos italianos que estão lá e dos que cooperaram com as forças armadas, médicos e intérpretes”, explicou Lamorgese.

Durante a tradicional reunião, a ministra também apresentou o levantamento dos últimos meses sobre a crise migratória, os números dos controles e fiscalizações das regras para conter a propagação da Covid-19 e o dados sobre assassinatos, ameaças, desaparecimentos e feminicídios.

O encontro contou com a presença do chefe do Estado-Maior da Defesa, Enzo Vecciarelli, do comandante geral da Arma, Teo Luzi, do comandante geral da Guarda de Finanças, Giuseppe Zafarana, do chefe de polícia, Lamberto Giannini, e do chefe da Defesa Civil, Fabrizio Curcio.

O prefeito de Palermo, Giuseppe Forlani, o procurador de Palermo, Francesco Lo Voi, o governador da região, Nello Musumeci, e outros representantes também participaram da cúpula.

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