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Tribunal de Milão ataca Silvio Berlusconi e pede para não zombar de juízes

Os presidentes do Tribunal de Apelação e do Tribunal de Milão pretendem rejeitar firmemente toda e qualquer insinuação sobre a não imparcialidade dos juízes responsáveis pelo julgamento do caso Bartolini-Berlusconi, diz uma nota que pede para evitar "toda e qualquer expressão de escárnio".

O comunicado, assinado pela presidente do Tribunal de Milão, Livia Pomodoro e pelo presidente do Tribunal de Apelação milanês Giovanni Canzio, segue-se às declarações em uma entrevista na televisão do ex-premier italiano Silvio Berlusconi, que chamou de "comunistas" e "feministas" as juízas, entre as quais Gloria Servetti, que recentemente emitiram a sentença de divórcio entre o Cavaliere eVeronica Lario (pseudônimo de Miriam Raffaella Bartolini), determinando que o líder do PDL (Povo da Liberdade) terá que pagar uma pensão mensal de cerca € 3 milhões à ex-mulher. 

No comunicado, os presidentes do Tribunal de Apelação e do Tribunal de Milão defendem a capacidade profissional, imparcialidade e diligência das juízas que julgam os casos delicados do direito de família. Os citados presidentes também lembram que "a recomendação nº 12 de 2010 do Comitê de Ministros da Justiça do Conselho da Europa exige que os representantes dos poderes executivo e legislativo evitem, ao comentar as decisões judiciais, qualquer termo de escárnio que possa minar a confiança dos cidadãos no sistema judiciário e comprometer o respeito das decisões tomadas".

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