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Morre Paolo Rossi, o italiano que fez o Brasil chorar

Duas semanas após a morte de Diego Armando Maradona, o futebol perde mais uma de suas grandes estrelas: o italiano Paolo Rossi, carrasco do Brasil na Copa de 1982, faleceu na madrugada de quarta para quinta-feira, aos 64 anos de idade, deixando de luto um país que ainda tem viva na memória a glória de Sarriá. Rossi foi tema aqui na Rádio Italiana há três semanas do bloco “Ciao a Tutti”, comandado pelo advogado ítalo-brasileiro Dr. Rodrigo Capobianco.

A notícia foi dada em primeira mão pelo jornalista Enrico Varriale, colega do ex-atacante na emissora pública italiana Rai. “Uma notícia tristíssima: nos deixou Paolo Rossi. O inesquecível Pablito, que encantou a todos naquele verão de 1982 e que foi um precioso e competente companheiro de trabalho na Rai nos últimos anos”, escreveu Varriale no Twitter.

Já a esposa de Rossi, Federica Cappelletti, publicou no Facebook uma foto com o ex-atacante e a legenda: “Para sempre”. Pouco depois, postou uma nova mensagem, desta vez com os dizeres: “Nunca mais haverá alguém como você, único, especial. Depois de você, absolutamente nada”. A causa da morte não foi divulgada oficialmente.

O “bambino d’oro” (“menino de ouro”) é lembrado como um dos maiores carrascos da história da seleção brasileira, após ter marcado três gols na vitória por 3 a 2 que eliminou o histórico esquadrão comandado por Telê Santana e que contava com Toninho Cerezo, Júnior, Falcão, Sócrates e Zico da Copa de 1982, na Espanha.

Aquela gloriosa tarde de 5 de julho para a Itália ficou conhecida entre os brasileiros como a “tragédia de Sarriá”, nome do antigo estádio do Espanyol, e abriu caminho para a Azzurra faturar o tricampeonato mundial, superando Polônia (2 a 0) na semifinal e Alemanha Ocidental na decisão (3 a 1).

Paolo Rossi terminaria a Copa de 1982 como artilheiro, com seis gols, e vencedor da Bola de Ouro do torneio, porém foi muito mais do que um algoz do Brasil.

“Pablito” começou a carreira profissional na Juventus, em 1973, mas antes de se tornar ídolo bianconero passou por Como, Lanerossi Vicenza e Perugia. Após voltar à Velha Senhora, faturou dois títulos na Série A (1981/82 e 1983/84), um na antiga Copa dos Campeões (1984/85), precursora da Champions League, uma Supercopa da Uefa (1984) e uma Copa da Itália (1982/83).

Antes de pendurar as chuteiras, Rossi ainda passaria por Milan e Hellas Verona, mas sem destaque. Pela Azzurra, o atacante atuou em 48 partidas entre 1977 e 1986, marcando 20 gols.

Na aposentadoria, o ex-jogador se tornou comentarista em canais esportivos, atividade que exercia até sua morte.

Sua carreira também teve uma passagem polêmica, quando “Pablito” foi suspenso por dois anos, em 1980, acusado de participação em um esquema de manipulação de resultados na época em que atuava no Perúgia – o gancho terminou pouco antes da convocação para a Copa de 1982.

Nascido em Prato, em 23 de setembro de 1956, Rossi deixa sua esposa, Federica, e três filhos: Alessandro, Maria Vittoria e Sofia.

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