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Tribunal de Bolonha rejeita que ex-chefão da máfia “Cosa Nostra” vá para prisão domiciliar

O Tribunal de Vigilância de Bolonha rejeitou o pedido da defesa do ex-chefão da máfia Cosa Nostra Salvatore ‘Totò’ Riina de transferência para o regime domiciliar.   

Os advogados alegavam que o mafioso de 86 anos sofre de graves problemas de saúde e que não recebe tratamento adequado no momento. Ele está detido sob o regime “41-bis”, previsto por quem comete crime de máfia, na divisão para presidiários de um hospital em Parma. O “41-bis” é um sistema diferenciado que tem o objetivo de evitar a passagem de ordens ou a comunicação entre os chefes da máfias e as organizações a qual pertencem, sendo mais “duro” do que com outros condenados.   

Com isso, o detento não tem acesso à áreas comuns de um presídio, fica isolado dos demais presos e só tem uma hora de sol de maneira solitária. Ele ainda é proibido de ter acesso a livros ou computadores, sendo permitido ter um objeto pessoal apenas após uma minuciosa análise das autoridades.   

Segundo os juízes, Riina “não poderia receber melhor cuidado e assistência em outra repartição hospitalar ou no lugar em que pediu fruir da detenção domiciliar”. Para os magistrados, o ex-boss “tem a absoluta proteção do direito à saúde seja ela física ou psíquica”.   

Riina sofre de problemas cardíacos, tem neoplasia renal e apresenta comprometimento na sua condição neurológica. Como os problemas foram se agravando, no ano passado, seus defensores entraram com um pedido de mudança de regime prisional.   

O ex-chefão da Cosa Nostra comandou o clã dos Corleone entre 1982 e 1993 e é considerado o mais sanguinário dos mafiosos italianos, tendo instaurado um período de terror na Sicília. Ele foi preso em 1993 e tem 19 condenações de prisão perpétua.  

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