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União Europeia anuncia 60 milhões de euros para Tunísia com foco em coibir migração

O poder Executivo da União Europeia anunciou um pacote de 127 milhões de euros para a Tunísia (R$ 667 mi), entre 60 milhões (R$ 314 mi) para apoio orçamentário e 67 milhões (R$ 351 mi) para assistência operacional na questão das migrações.

Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Ana Pisonero, a iniciativa se baseia na estreita cooperação com a Tunísia para a repressão de redes de traficantes de pessoas, e a verba deverá ser oficializada e entregue nos próximos dias.

O anúncio vem na esteira de um acordo, anunciado em julho, entre a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen; e os premiês da Itália, Giorgia Meloni, e da Holanda, Mark Rutte; e o líder da Tunísia, Kais Saied.

O memorando de entendimento assinado na ocasião era baseado em cinco pilares, incluindo a crise migratória, buscando coibir os fluxos irregulares no Mediterrâneo Central, que partem do norte da África com ingresso na Europa, principalmente pela ilha italiana de Lampedusa, que se encontra em estado de emergência pelo excesso de desembarques.

“A Comissão está acelerando tanto os programas ativos quanto ações no âmbito da assistência ligada ao memorando. Nos ajudarão a enfrentar a situação urgente que vemos hoje em Lampedusa, em linha também com o plano de 10 pontos anunciado”, explicou Pisonero.

“O pacote que anunciamos hoje combina tanto a assistência em andamento quanto novas ajudas no âmbito do pacote de apoio. As verbas de quase 67 milhões para as ações migratórias serão empregadas e entregues rapidamente”, acrescentou a porta-voz.

Segundo ela, os líderes estão “empenhados em levar adiante a atuação do memorando”: “Dando prioridade, no campo da cooperação em matéria de migração, à repressão das redes de traficantes, e intensificando a assistência da UE para o desenvolvimento das capacidades das autoridades da Tunísia, além do apoio às repatriações de voluntários e reinserimento dos migrantes em seus países de origem com pleno respeito”.

Após o anúncio, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, destacou a necessidade de diplomacia na abordagem do tema: “O governo italiano levou a questão à atenção das Nações Unidas e tivemos muitas respostas positivas, sobretudo dos países de partida e de quem quer colaborar”.

“É preciso muita diplomacia. Estamos trabalhando intensamente, já está diminuindo o número das pessoas que chegam da Tunísia e Líbia, há os primeiros resultados positivos. Precisamos de otimismo, determinação, seriedade. Não são necessários slogans, mas muito trabalho e é o que estamos fazendo”, concluiu Tajani.

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