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Itália prende na Sardenha um de seus criminosos mais procurados

As autoridades italianas prenderam um de seus criminosos mais procurados, Graziano Mesina, que está foragido desde sua condenação por tráfico internacional de drogas em 2020 e famoso por suas múltiplas fugas.

Mesina, de 79 anos, era procurado porque em julho de 2020 fugiu da prisão ordenada pelo Supremo Tribunal Federal pelo crime de pertencer a uma associação criminosa voltada para o tráfico internacional de drogas, segundo relatório dos carabineiros.

O criminoso, que deve cumprir 24 anos de prisão, foi encontrado na cidade de Desulo, na ilha da Sardenha, sul da Itália, onde estava escondido na casa de um casal que é alvo de uma investigação. Ele não resistiu, não estava armado, mas tinha posse de 6 mil euros em espécie.

A prisão foi feita durante operação do Grupo de Operações Especiais (Ros), em colaboração com os agentes do GIS, o Comando Provincial de Nuoro e o Esquadrão de caça dos carabineiros da Sardenha.

Mesina é um dos “bandidos” mais famosos da Sardenha, chegando a ser quase lendário em sua cidade natal, Orgosolo, já que sempre conseguiu escapar das autoridades italianas e da prisão.

Ao todo, ele tentou fugir da cadeia em 22 ocasiões, e em 10 conseguiu, tornando-se assim um dos criminosos mais evasivos. A maioria das vezes foi fugas consideradas de cinema.

Em 1962, o italiano aproveitou uma transferência de prisão para saltar de um trem em movimento. Ele foi capturado poucas horas depois, mas nesse mesmo ano aproveitou uma internação hospitalar para desaparecer, escondendo-se por dois dias em um cano.

Já em 1966, ele se atirou das paredes da prisão de San Sebastiano de Sassari e escapou com o falangista espanhol Miguel Atienza e mais tarde se disfarçou de padre para se esconder entre as pessoas antes de se jogar na montanha Orgosolo.

Em 2004, por sua vez, depois de passar a maior parte de sua vida na prisão, ele obteve a graça do então presidente da República, Carlo Azeglio Ciampi, e voltou a viver em sua Sardenha natal.

No entanto, em junho de 2013, Mesina foi novamente detido por tráfico internacional de drogas, em colaboração com os clãs mafiosos da Calábria. Com isso, a Suprema Corte confirmou sua sentença e revogou a graça em 2018.

Ele é considerado um dos maiores da Itália desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), principalmente no sul do país, conhecido pelos extensos casos de fraude e por ter mediado o sequestro do menino canadense Farouk Kassam, de 7 anos, em 1992, em um crime que chocou os italianos.

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