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Terremoto matou uma classe inteira de crianças

Uma classe inteira de crianças de seis anos de idade morreu dentro de uma escola cujo teto desabou durante o terremoto que atingiu o vilarejo de San Giuliano di Puglia, no sul da Itália.

Um correspondente da BBC no local diz que as crianças serem muito novas e não sabiam como se proteger debaixo das mesas. Acredita-se que pelo menos 26 crianças e duas mulheres morreram na tragédia.

 

As equipes de resgate continuam a retirar corpos dos escombros da escola, quase 24 horas depois do terremoto, mas não há praticamente nenhuma esperança de ainda se encontrar uma criança viva.

 

Os moradores do vilarejo se perguntam agora porque a escola estava aberta na quinta-feira, enquanto outras estavam fechadas por medo de terremotos, e porque o prédio, recentemente reformado, foi destruído, enquanto outros perto do local não foram.

As vozes que haviam sido ouvidas entre os escombros da escola se silenciaram, e as equipes de resgate dizem que os equipamentos não detectam mais o calor de corpos humanos.

Familiares que acompanham os trabalhos de resgate durante a noite comemoraram quando alguns sobreviventes foram retirados – incluindo dois garotos encontrados nas primeiras horas do dia.

Mas, depois, as esperanças começaram a diminuir.

"Não há barulho. Não há sinais dos detectores de calor e, agora, infelizmente, há muito pouca esperança", afirmou um dos membros das equipes de resgate, Ernesto Angelotti.

A sala de ginástica da escola foi transformada em uma espécie de mortuário, onde os corpos das vítimas foram colocados.

Trabalhadores do serviço social tentam consolar os familiares. Alguns deles passaram a noite no local, gritando e gemendo.

O prédio da escola – o mais atingido no vilarejo – foi contruído quase 50 anos atrás, e um segundo andar concreto foi feito recentemente.

O terremoto atingiu 5,4 pontos na escola Richter.

Os moradores passaram a noite de quarta para quinta-feira nas ruas, enrolados em cobertores, com medo de voltar para suas casas e de novos terremotos.

O governo italiano declarou estado de emergência na região, liberando recursos e colocando soldados do Exército para ajudar no trabalho de resgate e recuperação na região de Molise, onde cerca de três mil pessoas perderam suas casas.

Na cidade de Campobasso, as paredes racharam e pedaços dos tetos desabaram, o que fez com que os moradores deixassem suas casas.

O isolamento da região tem atrapalhado os trabalhos de resgate e uma série de outros tremores menores impediu que as equipes usassem equipamentos pesados.

Uma ponte importante foi atingida e uma linha de trem foi fechada depois que um viaduto sofreu estragos. O terremoto também cortou linhas de telefone e eletricidade.

A agência de proteção civil italiana – fundada depois do terremoto de 1980 quando mais de duas mil pessoas morreram – agiu rapidamente.

Especialistas já estavam monitorando a região depois da erupção do Monte Etna na Sicília.

Um terremoto também atingiu o Monte Etna na quinta-feira, atingindo 3,7 pontos na escala Richter. Acredita-se que não haja conexão entre os dois terremotos.

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