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Juíza pede para usar ligações entre Silvio Berlusconi Berlusconi e brasileira

A juíza de inquérito preliminar de Milão, Stefania Donadeo, pediu ao Parlamento da Itália autorização para o uso de 11 interceptações de conversas telefônicas entre o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e duas jovens que participavam das famosas festas em Arcore, nome de uma de suas mansões.

A magistrada acolheu uma solicitação da Procuradoria da capital da Lombardia para incluir as gravações no processo "Ruby ter", que pode levar o ex-premier ao banco dos réus por corrupção contra o sistema judiciário e falso testemunho.

Segundo a Procuradoria de Milão, Berlusconi teria pago para manter 21 mulheres em silêncio nas audiências do caso "Ruby", no qual ele foi absolvido dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder.

As interceptações incluem conversas do ex-primeiro-ministro com a brasileira Iris Berardi e a italiana Barbara Guerra, ambas frequentadoras assíduas do "bunga-bunga". As conversas são do período entre 2012 e 2013, quando Berlusconi ainda era senador, por isso a necessidade da autorização do Parlamento para usá-las em um processo.

Inicialmente, os alvos dos grampos eram as duas garotas, que também são suspeitas de corrupção em atos judiciários. Berardi teria participado das festas em Arcore quando ainda era menor de idade, mas ela nega ter mantido relações sexuais com o ex-premier.

Em uma interceptação feita pela Justiça, a brasileira diz à amiga Aris Espinoza que sente "falta da mesada do papai", uma suposta referência ao dinheiro que Berlusconi pagaria para manter seu silêncio.

Durante as investigações, a Procuradoria de Milão descobriu um suposto diário pessoal em que Berardi relata como eram as orgias com o ex-primeiro-ministro. Contudo, ela alega que o documento é na verdade o "rascunho de um livro".

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