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União Europeia aprova o sexto pacote de sanções contra Rússia

Os embaixadores dos 27 Estados-membros da União Europeia aprovaram o sexto pacote de sanções contra a Rússia por conta da invasão à Ucrânia.

Essa nova rodada de medidas contra o regime de Vladimir Putin era prometida desde o início de maio e prevê um embargo gradual à importação de petróleo russo por via marítima, mas com exceções para aquele transportado por oleodutos.

O acordo foi alcançado durante uma reunião em Bruxelas. A decisão põe fim a semanas de negociações na UE sobre sanções contra o setor de petróleo, um dos pilares da economia russa.

Países como a Itália pressionavam por um embargo à importação de petróleo produzido pela Rússia, mas a Hungria, cujo governo é o mais próximo do Kremlin entre os membros da UE, não concordava com a medida e impedia qualquer acordo.

A solução encontrada foi proibir a importação de petróleo cru e produtos refinados transportados por via marítima daqui a oito meses (e a partir de 2024 para a Bulgária).

O embargo, no entanto, exclui o petróleo fornecido através de oleodutos, o que permitirá à Hungria e a outros países do leste europeu continuar usando o Oleoduto da Amizade, que liga a Rússia a nações da antiga esfera soviética.

A medida dará tempo para países como Hungria, Eslováquia e República Tcheca, que não têm saída para o mar, se prepararem para não depender mais do petróleo russo.

O sexto pacote de sanções também exclui o Sberbank, principal banco da Rússia, do sistema global de compartilhamento de informações Swift.

No entanto, a Hungria ainda conseguiu retirar o primaz da Igreja Ortodoxa da Rússia, Cirilo, da lista de alvos de sanções da UE. O patriarca de Moscou é alinhado ao regime de Vladimir Putin e culpa o Ocidente pela guerra na Ucrânia.

Por conta do apoio à invasão, a UE cogitou sancionar Cirilo, que era descrito em um esboço analisado pelo bloco como “um dos mais importantes defensores da agressão militar russa contra a Ucrânia”.

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