A Câmara dos Deputados da Itália aprovou, duas moções que pedem para o governo promover uma resolução na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que "condene o uso do aborto como instrumento de controle demográfico".
Os dois textos, que solicitam ainda o reconhecimento do "direito de cada mulher de não ser obrigada a abortar", foram apresentados pela União Democrata do Centro (UDC), pela coalizão governista Povo da Liberdade (PDL) e pela Liga Norte.
A principal força de oposição na Casa, o Partido Democrático (PD), permitiu que seus deputados se abstivessem, mas alguns deles votaram a favor.
Explicando a importância da iniciativa, o presidente da UDC, Rocco Buttiglione, disse que "estamos todos de acordo de que o aborto é de qualquer forma um mal, mas nos dividimos sempre entre quem está a favor da vida e quem está a favor da livre escolha das mulheres".
O Vaticano, por sua parte, mostrou apreço pela aprovação dos documentos, sendo que o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, cardeal Renato Raffaele Marino, disse que se trata de "um grande sim à vida e um grande passo na promoção do direito fundamental da vida".
"Espero que agora a moção siga adiante na ONU, onde poderá ganhar outros consensos", comentou Martino.
A UDC também apresentou um projeto similar de moção ao Parlamento Europeu de Estrasburgo.
