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Corpos dos imigrantes mortos em travessia chegam à Itália

Chegou ao porto de Catânia o navio norueguês que ajudou no resgate de 312 imigrantes ilegais e recuperou 49 corpos que estavam no porão de uma embarcação encontrada no Canal da Sicília. Outras 104 pessoas que foram resgatadas com vida no mesmo dia estão a caminho em um navio alemão.

 

As vítimas da última tragédia ocorrida no local – todos homens – estavam no porão do barco do barco de 14 metros porque tinham pagado aos traficantes um preço menor em relação aos outros que viajavam.

 

Segundo o capitão Massimo Tozzi, que liderou a ação, o resgate estava seguindo como de costume quando as pessoas contaram sobre os corpos.

 

"Uma cena terrível. Dezenas de corpos sem vida, amassados um sobre o outro no porão, enquanto as mulheres se desesperavam pelos seus amados mortos", disse Tozzi.

 

A provável causa da morte dos homens é asfixia pela inalação de combustível, dado que os corpos examinados não apresentavam nenhum sinal de feridas. É provável que o pouco ar que havia no local ficou contaminado pelos motores da embarcação.

 

O capitão ainda contou que quando chegaram ao barco não havia nenhum sinal dos traficantes que fizeram o trajeto e que todas as pessoas que estavam em alto-mar eram imigrantes.

 

As tragédias no Mar Mediterrâneo são frequentes por causa das péssimas condições em que as pessoas fazem a travessia. Os barcos que chegam à Itália – que trouxeram mais de 103 mil pessoas só neste ano – partem da Líbia e levam a bordo centenas de pessoas que fogem dos conflitos armados do país e da Síria, Eritreia, Nigéria e Somália.

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