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Advogado de Silvio Berlusconi nega declarações sobre Túmulos Fenícios

O advogado do premier italiano, Silvio Berlusconi, definiu como uma "história miserável" a publicação de um áudio em que um homem, que supostamente seria o primeiro-ministro, fala sobre a existência de túmulos fenícios nos jardins da mansão de Villa Certosa.

 

Em nota, Niccolò Ghedini respondeu às publicações da revista italiana L'Espresso, que pertence ao mesmo grupo do jornal La Repubblica, que nos últimos dias divulgou gravações feitas pela prostituta Patrizia D'Addario, que atribui a voz do áudio a Berlusconi. 

 

Durante a conversa, ele teria dito ter descoberto em seus terrenos "30 túmulos fenícios do ano 300 antes de Cristo". Difundida, a nova gravação suscitou críticas da oposição e de associações, que pedem explicações ao premier.

 

"Nunca o presidente (do Conselho de Ministros) Silvio Berlusconi poderia ter falado sobre a descoberta de 30 túmulos fenícios em sua propriedade, porque nunca algo semelhante foi encontrado na área de Villa Certosa", disse Ghedini. 

 

Nesse sentido, afirmou que tal história seria "cômica", "se não fosse reproduzida por jornais e, ainda pior, por muitos parlamentares e associações sem ter sido apurada". Ghedini disse ainda que a área já "foi inspecionada por autoridades judiciárias" e que está à disposição para novos controles. 

 

O advogado considerou ainda que "se tivessem tentado verificar antes, seria evitada a enésima campanha difamatória contra o presidente do Conselho" e afirmou que o grupo La Repubblica "será chamado obviamente a responder" sobre isso. 

 

Por sua vez, o porta-voz do ministro para os Bens e Atividades Culturais, Sandro Bondi, disse à ANSA, que está "à espera de contar com todos os elementos necessários" para emitir um pronunciamento. 

 

O ministro foi criticado por parlamentares dos partidos Democrata (PD) e Itália dos Valores (IDV), que exigiram explicações. 

 

Também, o observatório internacional Archeomafie apresentou uma denúncia à Procuradoria de Roma, na qual solicita que as autoridades realizem uma inspeção. "Deve-se apreender a área, fazer uma avaliação para verificar se são respeitados os procedimentos previstos por lei, e permitir que estudiosos ingressem (ao local)", disse a entidade em seu texto. 

 

Villa Certosa, propriedade de Berlusconi localizada na Sardenha, possui jardins botânicos, lagos e também um vulcão artificial em uma área de aproximadamente 22 hectares.

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