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Governo italiano admite orçamento reduzido para a proteção do patrimônio cultural

O ministro da Cultura italiano, Massimo Bray, admitiu que o orçamento do seu Ministério foi reduzido em dois terços nos últimos cinco anos, respondendo a um alerta da UNESCO para a má gestão do património na Itália.

"Ao longo dos últimos cinco anos, o orçamento do Ministério da Cultura foi reduzido em dois terços", admitiu Massimo Bray aos jornalistas, numa entrevista publicada no jornal Il Messaggero e citada pela agência France Presse.

Itália, alertada pela Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (UNESCO) para a má gestão que tem feito de Pompeia, mantém um relacionamento conturbado com o seu imenso património artístico, motivo de orgulho ao qual dedica um orçamento reduzido.

Como resultado, Itália está entre os países europeus mais atrasados: o país destina apenas 1,1% do seu orçamento para a Cultura, bem atrás da Islândia (7,4%) e da Espanha (3,3%).

Num relatório, a UNESCO elencou uma longa lista de danos estruturais e degradação que afectam os 44 hectares da cidade romana Pompeia, situada no sopé do vulcão Vesúvio, perto de Nápoles.

O presidente da comissão nacional da UNESCO em Itália, Giovanni Puglisi, alertou no sábado o Governo que "tem até 31 de Dezembro para adoptar medidas adequadas para Pompeia", havendo depois uma reunião em Fevereiro para fazer um balanço das medidas.

Giovanni Puglisi denunciou "a existência de edifícios que violam o plano original do local, bem como falta de pessoal" e pediu que seja estabelecida "uma nova zona de vigilância" em torno desta área classificada, para protegê-la das construções ilegais.

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