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Queremos a verdade, isso é inaceitável, diz Enrico Letta, sobre as recentes denúncias de espionagem

"Obviamente vamos fazer todas as verificações, mas queremos toda a verdade. Não é aceitável que existam atividades desse tipo."

Assim o premier italiano, Enrico Letta, cobrou os Estados Unidos sobre as recentes denúncias de espionagem contra Alemanha, França e a própria Itália. "Não podemos tolerar que existam zonas sombrias ou dúvidas", acrescentou o primeiro-ministro, que está reunido com outros líderes europeus em Bruxelas (Bélgica), onde o chamado "datagate" tem dominado a pauta das discussões.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que teria tido seu celular monitorado pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, declarou que entre amigos é preciso haver confiança, e que casos de espionagem não são aceitáveis. "Isso não é um problema apenas meu, mas de todos os cidadãos", salientou. Com base em documentos divulgados pelo ex-agente Edward Snowden, os serviços de segurança da Alemanha suspeitam que o telefone de Merkel que foi grampeado era um aparelho utilizado entre 2009 e julho deste ano.

Segundo o presidente da União Europeia, Herman van Rompuy, a declaração que será divulgada no final da cúpula de Bruxelas deverá apontar a necessidade de aprovar medidas para a proteção de dados, com o objetivo de restabelecer a confiança entre os países.

Conversas paradas – Como resposta às acusações de espionagem, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou que as negociações para criar uma zona de livre comércio com os Estados Unidos devem ser interrompidas. "Existem alguns padrões e critérios que devem ser respeitados. Do contrário, não tem sentido falarmos um com o outro", disse.

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