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TRIBUNAL ESPORTIVO DA ITÁLIA: Roma é punida por ofensas a mãe de torcedor morto

O tribunal esportivo da Itália decidiu fechar por uma rodada a "curva sul" do Estádio Olímpico de Roma, setor onde ficam os ultras da equipe homônima, por causa das ofensas proferidas no último sábado, dia 04, contra a mãe de Ciro Esposito, torcedor do Napoli morto no ano passado após uma briga nos arredores da arena.

A pena será cumprida no próximo dia 19 de abril, quando a Roma encara a Atalanta em casa pelo Campeonato Italiano. "Estamos muito decepcionados, não é justo nós sofrermos as consequências pelas ações de uns poucos estúpidos. Tenho certeza de que a maior parte dos torcedores está de saco cheio desses imbecis", declarou o presidente do clube giallorosso, James Pallotta.

As ofensas aconteceram na partida entre Roma e Napoli, que já estava cercada de tensão por causa da morte de Esposito. Em determinado momento do jogo, ultras romanistas exibiram faixas com insultos indiretos à mãe da vítima, Antonella Leardi. Sem citar seu nome, um grande pedaço de pano dizia: "Que coisa triste… Você lucra sobre o funeral com livros e entrevistas!".

Já em outro estava escrito: "Há quem chore um filho com dor e moralidade e quem faz disso um negócio sem dignidade." Além disso, os tifosi da "curva sul" ainda levantaram faixas em apoio a Daniele De Santis, torcedor giallorosso acusado pelo assassinato de Esposito, e entoaram coros ofensivos aos napolitanos ("Vesúvio, lave-os com fogo").

 

Relembre o caso

 

Ciro Esposito foi baleado no dia 3 de maio do ano passado, pouco antes da final da Copa da Itália, disputada em Roma, entre Napoli e Fiorentina. Ele ficou ainda 50 dias em coma, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O único acusado pelo crime é o romanista Daniele De Santis, que diz ter agido em legítima defesa. Ele alega que sofreu uma emboscada na entrada de sua casa, que fica nos arredores do Estádio Olímpico, por parte de ultras napolitanos e que disparou, sem mirar em ninguém, para escapar de ser morto.

A tese é refutada pela família de Esposito, que defende que De Santis foi agredido depois de atirar, e não o contrário.

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