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Ministro italiano não crê em solução diversa para Henrique Pizzolato

O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, disse que não acredita em uma solução diferente para o caso do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, cuja extradição fora autorizada por Roma.

A declaração foi dada após o ministro ter recebido um questionamento "urgente" por parte do senador Luigi Manconi (Partido Democrático), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Alta do Parlamento da Itália.

Ele e sua colega Cecilia Guerra, também do centro-esquerdista PD, lideram um movimento para tentar evitar que Pizzolato seja extraditado. Eles alegam que, por ser cidadão italiano, o ex-diretor do BB tem o direito de cumprir sua pena no país europeu, já que o sistema penitenciário brasileiro ofereceria "graves riscos" à sua integridade.

"É preciso abordar a questão relativa às modalidades de entrega e analisar o procedimento aberto, mas não acho que existam as condições para uma solução diferente", afirmou Orlando. No questionamento feito ao ministro da Justiça, os senadores Manconi e Guerra também lembram que Pizzolato ainda responde a um processo por falsidade ideológica na Itália.

"Para o próximo 14 de dezembro, está prevista a primeira audiência de um procedimento judiciário contra Pizzolato, o qual, caso extraditado, teria gravemente comprometido o próprio direito constitucional à defesa", diz o documento.

Condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão, o ex-diretor do BB fugiu para a Itália após a confirmação de sua pena, no fim de 2013, mas foi preso com documentos falsos pela polícia italiana no início do ano seguinte.

Atualmente, ele aguarda a extradição em um presídio de Modena, no norte do país.

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