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Tribunal de Milão nomeia tutor independente para Eitan Biran

O Tribunal de Menores de Milão nomeou um tutor independente para o menino israelense Eitan Biran, único sobrevivente da queda de um teleférico na Itália e que está no centro de uma disputa judicial entre suas famílias paterna e materna.

A guarda provisória da criança de seis anos havia sido entregue para sua tia paterna, Aya BiranNirko, que vive na cidade italiana de Travacò Siccomario, porém a corte milanesa nomeou um “profissional estranho a ambas as famílias de origem”.

Ainda assim, Eitan poderá seguir morando com Aya. Segundo a presidente do Tribunal de Menores, Maria Carla Gatto, a decisão foi tomada em função da “elevadíssima conflitualidade” entre as famílias, “manifestada após a indicação inicial da tutora”.

“A disputa parental contribui para complicar todas as escolhas pessoais, relacionais, econômicas e educacionais que deverão ser assumidas no interesse do menino, já dramaticamente marcado por trágicos episódios pessoais”, explicou a juíza.

A decisão foi elogiada pela defesa dos avós maternos de Eitan, Shmuel Peleg e Esther Cohen, que são investigados na Itália por suspeita de sequestro.

“No interesse do menor, recebemos com satisfação a remoção de Aya Biran como tutora em favor de um terceiro, como havia sido pedido desde o início pelos avós maternos”, afirmaram os advogados Sara Carsaniga e Paolo Polizzi.

Eitan é o único sobrevivente da queda de um teleférico no norte italiano, em maio passado, tragédia que deixou 14 mortos, incluindo os pais do menino, seu irmão mais novo e dois bisavós maternos.

Após o acidente, a Justiça italiana havia dado a guarda provisória da criança para Aya, enquanto os parentes maternos tinham permissão para vê-lo duas vezes por semana.

No entanto, o avô Peleg se aproveitou de uma dessas ocasiões para levar o menino para Israel sem autorização, por meio de um voo privado a partir de Lugano, cidade suíça que fica a menos de uma hora de Milão.

A família paterna então acionou a Justiça israelense, que determinou o retorno de Eitan para a Itália. Por outro lado, Aya Biran-Nirko e seu marido, Or Nirko, são investigados no país europeu por difamação e furto, após uma denúncia apresentada pela avó materna, Esther Cohen.

Esta última acusa os tios paternos de terem pego sem autorização objetos como telefones e computadores da casa dos pais do menino na Itália.

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