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Itália quer que fundos de resgate da zona do euro comprem dívida

A Itália propôs na cúpula do G20 no México que os fundos de resgate da zona do euro comecem a comprar dívida de países europeus em dificuldade, e espera-se que a ideia seja discutida numa reunião de líderes em Roma na sexta-feira.

A proposta italiana prevê o uso dos fundos de resgate da União Europeia (UE), o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) e o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), para comprar títulos de países como Espanha e Itália no mercado secundário a fim de ajudar a diminuir os rendimentos dos títulos e os custos de refinanciamento.

Ambos os fundos têm o poder de comprar dívida soberana, mas até agora apenas o Banco Central Europeu (BCE) foi ativo em comprar títulos de países da zona do euro atingidos pela crise, comprando mais de 210 bilhões de euros em dívida desde o lançamento do programa em maio de 2010.

"A ideia é estabilizar os custos de empréstimos, especialmente para países que estão cumprindo as metas de reforma, e isso deve ser claramente separado da ideia de resgate", disse o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, em entrevista em Los Cabos no final da reunião do G20.

O presidente da França, François Hollande, disse que nenhuma decisão havia sido tomada sobre usar os fundos para comprar dívida, mas que valia a pena explorar a ideia e que ela seria dicutida na reunião entre ele, Monti, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, na sexta-feira. "A Itália lançou uma ideia que vale a pena dar atenção", disse Hollande. "Nós estamos buscando formas de usar o ESM para isso", afirmou Hollande. "Até este momento, é apenas uma ideia e não uma decisão. É parte da discussão".

Merkel sinalizou no passado que os fundos poderiam ser usados para comprar títulos, mas isso é impopular na Alemanha e exigiria um acordo com outros Estados-membros da zona do euro. A ideia foi estabelecida pelo ministro da Europa da Itália, Enzo Moavero, em Bruxelas na segunda-feira. Moavero disse que os planos também seriam discutidos no encontro dos ministros das Finanças em Luxemburgo em 21 e 22 de junho.

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