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Doar vacinas a pobres não é suficiente, diz ministro italiano

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, cobrou que os países do G7 apoiem as nações em desenvolvimento de forma concreta na luta contra a pandemia do novo coronavírus.

Speranza, do partido de esquerda Artigo Primeiro, participou de uma reunião online dos ministrosda Saúde do grupo para discutir a variante Ômicron, que causou uma onda de pânico no mundo e colocou em pauta o abismo nas campanhas de vacinação de nações ricas e pobres.

“A identificação da variante Ômicron no sul da África confirma a urgência de fazer mais para vacinar a população dos países mais frágeis. Precisaremos de coordenação da ONU e da OMS”, declarou.

Além disso, o ministro italiano salientou que “não basta doar doses”. “Precisamos apoiar concretamente quem não tem serviços sanitários estruturados e capilarizados como os nossos. Precisamos ter certeza de que as vacinas doadas sejam realmente aplicadas”, acrescentou Speranza.

Enquanto 43% da população global já está totalmente vacinada contra o novo coronavírus, esse índice é de apenas 7,2% no continente africano, segundo o portal Our World in Data.

Entre os membros do G7, aquele com menor índice de vacinação total são os Estados Unidos, com 58%, enquanto o Japão lidera com 77%.

Conclusões

Após a reunião, os ministros do G7 divulgaram um comunicado em que afirmam que a variante Ômicron é “altamente transmissível” e exige uma “ação urgente”.

Além disso, reconhecem a “importância estratégica de garantir” acesso universal às vacinas e combater a “desinformação” sobre os imunizantes.

Os ministros também elogiaram o “trabalho exemplar da África do Sul”, alvo de restrições de viagem por parte de membros do G7, ao “identificar a variante e advertir os outros”.

Por fim, os países ricos se comprometeram a fazer uma nova reunião em dezembro para acompanhar a disseminação da Ômicron. Além de EUA, Itália e Japão, o G7 ainda inclui Alemanha, Canadá, França e Reino Unido.

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