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Itália abre ano judiciário com críticas a casos “midiáticos”

Na cerimônia que abre o ano judiciário na Itália, o primeiro presidente da Corte de Cassação – a principal instância da Justiça no país -, Giovanni Canzio, pediu o fim das "distorções" e do vazamento de notícias em processos no país.   

Canzio ainda criticou as investigações "muito longas" e disse que essas "distorções do processo midiático" servem apenas para favorecer "e fortalecer a autorreferência" dos procuradores envolvidos. Ele ainda pediu um maior controle sobre as investigações realizadas pelas Procuradorias do país.   

O procurador-geral da Corte, Pasquale Ciccolo, seguiu na mesma linha de discurso do primeiro presidente e afirmou que o fenômeno do vazamento de notícias sobre casos em julgamento "é um grave risco que pode lesar o princípio constitucional de não culpabilidade". Ele ainda pediu "a máxima discrição" dos procuradores envolvidos em cada processo.  

 

A cerimônia deste ano foi marcada por um boicote da Associação Nacional dos Magistrados (ANM), que protestam contra itens não cumpridos pelo governo italiano em reformas feitas pelo Parlamento no ano passado. No entanto, o ministro da Justiça, Andrea Orlando, afirmou que as ações que fazem parte dessa reforma continuarão.   

"A ação da reforma prosseguirá, mas já se reduziu sensivelmente o peso daquelas doenças crônicas no curso de muitos anos.   

Precisávamos nos aplicar contra três emergências: a superlotação carcerária, a carência de pessoal e os atrasos e os tempos da Justiça. E isso nós enfrentamos", destacou Orlando. 

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