Notícias

Itália será maior beneficiária de fundo da União Europeia contra desemprego

A Itália será a maior beneficiária do mecanismo criado pela União Europeia para preservar o emprego nos Estados-membros mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus.

O programa “Sure”, acrônimo em inglês para “Apoio para mitigar Riscos de Desemprego em uma Emergência”, distribuirá 81,4 bilhões de euros para 15 países da UE, segundo proposta apresentada pela Comissão Europeia, o poder Executivo do bloco.

Desse total, 27,4 bilhões irão para a Itália, a cota mais alta. Em seguida aparecem Espanha (21,3 bilhões de euros), Polônia (11,2 bilhões) e Bélgica (7,8 bilhões). Os outros beneficiários são Romênia (4 bilhões), Grécia (2,7 bilhões), República Tcheca (2 bilhões), Eslovênia (1,1 bilhão), Croácia (1 bilhão), Eslováquia (631 milhões), Lituânia (602 milhões), Bulgária (511 milhões), Chipre (479 milhões), Malta (244 milhões) e Letônia (192 milhões).

Se a distribuição for aprovada pelo Conselho Europeu, principal instância política da UE, os recursos serão repassados sob a forma de empréstimos com juros subsidiados.

“Graças a esse financiamento, bancado pela emissão de títulos comuns europeus, a economia para o Estado em 15 anos pode ser estimada em mais de 5,5 bilhões de euros”, disse o ministro das Finanças da Itália, Roberto Gualtieri.

O país também será o maior beneficiário do fundo de recuperação de 750 bilhões de euros criado pela União Europeia, com 208,8 bilhões de euros, sendo 81,4 bilhões em repasses sem necessidade de restituição e 127,4 bilhões em empréstimos.

Para financiar esses instrumentos, a UE emitirá títulos de dívida no mercado pela primeira vez em sua história, e os papéis serão remunerados aos investidores entre 2028 e 2058.

Esses títulos serão garantidos pelo balanço da Comissão Europeia, que conseguirá dinheiro no mercado a juros mais baratos do que alguns países teriam se o fizessem de forma individual, como Itália, Espanha e Grécia, já altamente endividadas.

Além disso, a partir de janeiro de 2021, Bruxelas começará a recolher entradas fiscais em âmbito comunitário, outro passo inédito na história da união.

Cada Estado-membro terá de repassar 80 centavos de euro para cada quilo de plástico não reciclável produzido e, de 2023 em diante, entrará em vigor uma taxa sobre as importações de países que não respeitarem os padrões europeus de emissões de poluentes.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios