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Preocupação na cidade de Veneza pelo “Canal Grande”

O famoso Canal Grande de Veneza, o cinturão de quatro quilômetros de água que a circunda, provocou uma acirrada polêmica depois da divulgação que o governo anterior teria passado a jurisdição sobre o Canal Grande – "a estrada aquática mais original do mundo"- para o Estado. 

A situação causou uma revolta imediata não só entre os políticos, como também entre as categorias profissionais, e principalmente nos gondoleiros.

Horas mais tarde, o ministro da Simplificação, Roberto Calderoli, disse que as notícias das últimas horas não tinham nenhuma base legal.

"Quero tranquilizar os amigos venezianos", disse ele, destacando que o "Canal Grande é e continua sendo dos cidadãos de Veneza e de sua prefeitura". 

Antes disso, quando ainda se supunha que a administração do Canal Grande já não pertencia ao município local, o seu titular, Giorgio Orsoni, ainda se dizia otimista e acreditava que "nada mudaria". O ex-prefeito local, Massimo Cacciari, também opinou que se tratava de um mal entendido que "se resolveria em poucos minutos".

Os venezianos, por sua vez, consideraram tal transferência uma "violência" à cidade, à qual fez eco o assessor municipal da Mobilidade, Ugo Bergano, ao falar em uma reunião sobre as propostas para proteger a cidade lacustre.

O Canal Grande é a principal via dos transportes no centro histórico da cidade, regulamentado por faixas horárias e características, já que as ondas produzidas pelas embarcações a motor é um problema sério para a estrutura dos edifícios.

Os gondoleiros se solidarizaram com a prefeitura e exigiram que o Canal Grande, considerado por eles como seu "companheiro de vida e não só profissional", retornasse para a administração local, como determinado por um Decreto Real de 1904.

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