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Itália e Comissão Europeia criticam rebaixamento da Moody’s

A agência de classificação Moody's rebaixou mais uma vez a nota da dívida da Itália, passando-a de A3 para Baa2, o que representa uma queda de dois degraus no ranking.

A notícia do rebaixamento foi anunciada em um momento em que o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, chega aos Estados Unidos para participar da conferência anual Allen & Co, em Sun Valley, e tentar atrair investidores.

A Moody's apontou três fatores decisivos para a redução, entre eles um grande risco do país sofrer um "aumento no custo dos financiamentos, o que indica "sinais de erosão" da economia, e um possível contágio pela crise na Espanha e Grécia.

A Itália enfrenta uma crise financeira e econômica desde o fim de 2010, sendo que a dívida pública do país equivale a 120% do Produto Interno Bruto (PIB). Nesta semana, Monti admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de Roma pedir ajuda aos fundos de resgate da zona do euro.

A decisão da Moody's, porém, desagradou às autoridades italianas. O ministro do Desenvolvimento, Corrado Passera, disse que a agência não tem levado em conta "o esforço e o trabalho que o país está fazendo" para superar a crise, o que torna o rebaixamento "injustificável".

Até a Comissão Europeia afirmou que o "timing" da reclassificação é "inapropriado" e "discutível", além de ressaltar que as reformas adotadas por Monti são "impressionantes" e "sem precedentes".

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