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POLÍTICA ITALIANA: Partido Democrático responde ao M5S sobre lei eleitoral

Por meio de uma carta aberta, o Partido Democrático (PD), liderado pelo premier Matteo Renzi, respondeu as propostas apresentadas pelo Movimento 5 Estrelas (M5S) sobre o projeto de lei eleitoral que está tramitando no Parlamento italiano. No texto, o PD convida a principal legenda de oposição do país a continuar discutindo sobre o assunto, mas mostra que não pretende abrir mão de alguns pontos.

"Nós estamos aqui. Sem a pretensão de ter razão. Sem a arrogância de querer fazer sozinhos. Mas também sem medo. Há um mês, mais de 40% dos italianos nos pediu para mudar o país e para mudar a Europa. Nós gostaríamos de poder fazer isso com vocês", diz o documento, que é assinado por Renzi e outros parlamentares do PD. Os 40% mencionados na carta referem-se ao número de votos obtido pela legenda de centro-esquerda no último pleito para o Parlamento Europeu na Itália, quando ela superou por muito os 21,16% do M5S, segundo colocado na votação.

No entanto, o PD ressaltou que o projeto apresentado pelo Movimento 5 Estrelas não garante a governabilidade do país, já que não inclui o chamado "prêmio de maioria". Pela proposta do Partido Democrático, a sigla ou coalizão que sair vencedora em uma eventual eleição – desde que alcance 37% das cadeiras na Câmara – irá faturar automaticamente mais 15%. Caso ninguém supere esse patamar, será realizado um segundo turno entre as duas legendas mais votadas para definir quem terá direito a esse "bônus". No entanto, tais regras valerão apenas para os deputados, já que Renzi também apresentou um projeto para reduzir os poderes do Senado.

Contudo, o M5S e seu principal líder, o comediante Beppe Grillo, consideram esse mecanismo antidemocrático e autoritário, além de conduzir a uma "governabilidade fictícia".

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