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Francesco Schettino queria dar lucros de livro para “segurança”

O ex-capitão do Costa Concordia Francesco Schettino afirmou que gostaria de destinar os lucros obtidos com as vendas de seu livro, "Le verità sommerse" ("As verdades submersas"), para bolsas de estudo a oficiais que se diplomarem com notas altas.

Segundo ele, o objetivo seria "incentivar a segurança marítima", para que novos desastres não aconteçam. As declarações foram dadas durante um evento de lançamento da obra em Salerno, no sul da Itália.

Condenado em primeira instância a mais de 16 anos de prisão pelo naufrágio do Concordia, em janeiro de 2012, Schettino escreveu o livro a quatro mãos com a jornalista Vittoriana Abate. Ele narra os últimos momentos antes do transatlântico afundar, causando a morte de 32 pessoas.

Durante o encontro, o ex-comandante foi questionado pelo público porque abandonara o navio antes de evacuar todos os passageiros, ficando mundialmente conhecido como "capitão covarde". "Escolhi me comportar daquele jeito porque não podíamos, naquela noite, dar conta de mais de 5 mil pessoas. De qualquer maneira, eu tirei do Costa Concordia mais de 4,8 mil passageiros. Até hoje, apenas uma coisa me motiva: honrar as vítimas e esclarecer o que realmente aconteceu", disse.

Schettino e Abate contaram que os lucros obtidos com as vendas do livro serão destinados a "pessoas necessitadas". "Por enquanto, não queremos falar quem serão os beneficiados porque parece inoportuno colocá-los nessa caravana midiática", afirmou a jornalista.

Para o ex-comandante, o ideal seria que o dinheiro fosse usado para pagar bolsas de estudo a oficiais formados com notas altas. "Gostaria que fosse incentivada a segurança marítima, para que essas coisas não acontecessem mais", ressaltou.

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