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Embaixada de Israel na Itália é fechada por risco de ataque

A sede da embaixada de Israel em Roma teria sido fechada em meio ao risco de um possível ataque depois que o governo israelense foi acusado de atingir o consulado iraniano em Damasco.

Segundo fontes locais, o prédio na via Michele Mercati, perto da Villa Borghese, teria sido fechado, bem como cerca de 30 outros escritórios diplomáticos em Tel Aviv e em todo o mundo. O jornal Haaretz, citando relatos de diplomatas, garantiu que as medidas de segurança foram elevadas em todas as instituições israelenses.

No início da semana, aviões militares de Israel atingiram o consulado do Irã em Damasco, na Síria, e mataram Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, militares graduados e funcionários dos serviços de inteligência.

Ao todo, 11 pessoas morreram no edifício localizado no bairro Mazzeh, perto também de uma sede das Nações Unidas, organização que condenou a ofensiva.

O governo iraniano responsabilizou Israel pelas consequências da ofensiva e afirmou ter o direito de revidar, além de pedir que o Conselho de Segurança da ONU faça uma reunião de emergência para discutir a agressão.

Questionado sobre o ataque durante uma entrevista, o porta-voz do Exército de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, respondeu que “não comenta informações da imprensa estrangeira”. Netanyahu convocou o Conselho de Segurança em Jerusalém, no final de um dia cheio de preocupação e alarme.

“Saberemos nos defender e agiremos de acordo com o simples princípio de que prejudicaremos quem nos prejudicar ou quiser nos prejudicar”, alertou ele.

“Durante anos Teerã trabalhou contra nós tanto diretamente como através dos seus emissários e, portanto, Israel trabalhou contra o Irã e os seus emissários, tanto defensivamente como ofensivamente”.

A resposta de Teerã após o ataque israelense ao consulado iraniano em Damasco é tida como certa por muitos analistas e o próprio sistema de defesa de Netanyahu está convencido de que isso irá acontecer.

“Dias complexos nos aguardam, não é certo que o pior já tenha ficado para trás”, admitiu o chefe da inteligência militar, Aharon Aliva.

Segundo Hagari, o governo de Israel está pronto para todos os cenários e “as forças estão bem posicionadas em formações defensivas e ofensivas”, com “proteção multinível e aeronaves no céu 24 horas por dia”.

O Haaretz relata três cenários de possível retaliação: um ataque de drone ou míssil de cruzeiro diretamente do Irã visando a infraestrutura israelense – hipótese que parece menos provável; intensos ataques com mísseis do Líbano ou da Síria através do Hezbollah e outras milícias xiitas ou “ataques às embaixadas israelenses.

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