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CURIOSIDADE: Tocha Olímpica de Londres de 1948 está guardada em Savona, na Itália

A tocha olímpica de Londres de 1948 não está guardada na capital britânica, como se poderia supor. Há mais de meio século ela está na Itália, especificamente em Savona. Quem a guarda como uma espécie de relíquia é o presidente do Coni (Comitê Olímpico da Itália) de Savona, Lelio Speranza, 86 anos, que fez dessa tocha sua razão de viver. “Para mim ela significa muito, é o próprio símbolo dos valores olímpicos, e seu significado é ainda maior porque acendeu a pira olímpica do pós-guerra. Não a cederia nem se a rainha Elizabeth em pessoa a pedisse”. Foi com esta tocha que o portador inglês John Mark em 29 de julho de 1948 acendeu a pira de Londres, a primeira a arder após os horrores da Segunda Guerra Mundial. Custodiada primeiro pelo Serviço Secreto Britânico, a tocha depois ficou sob a proteção do governo britânico até 1952, em Helsinque. Depois, ela caiu em mãos do então chefe da delegação olímpica italiana, o velejador Varazze Carlo Maria Spirito. Um velejador de renome internacional, que também participou dos Jogos Olímpicos de Melbourne e que dali, posto que ninguém a solicitou, a conservou consigo. Posteriormente a levou à Olimpíada de Roma de 1960 e, mais tarde, a ofereceu aos Jogos da Juventude de Roma em 1976, “quando a tocha foi apresentada como convidada-símbolo do evento”, lembra Lelio Speranza. A tocha olímpica de Londres permaneceu com o velejador italiano até a década de 80, quando, durante uma cerimônia com a Azzurra da Itália, Carlo Maria Spirito – que neste ínterim se tornara juiz internacional de vela, decidiu doá-la para o Coni de Savona “para que esse símbolo continue a propagar a cultura do esporte entre os jovens”, relembrou Speranza. Atualmente a tocha é mantida no escritório de Speranza e “por nada nesse mundo” o idoso presidente estaria disposto a dá-la. “Posto que a rainha nunca me pediu a tocha de volta, não haveria motivo para ficar sem ela”, disse ele bem-humorado, antes de emendar: “Com todo respeito por Sua Majestade, enquanto eu viver ela ficará comigo”. Carlo Maria Spirito, que foi um grande homem do desporto, queria que esse presente ao Coni representasse o estímulo para difundir os valores da competição e a lealdade esportiva entre as associações, a começar pelos clubes de vela. Ele foi um grande campeão e sabia que os símbolos podem ser uma grande ferramenta de aprendizagem”.

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