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Ministros do Interior aprovam plano de imigração na União Europeia

Diante da impossibilidade de se chegar a um acordo unânime, o Conselho de Ministros do Interior da União Europeia aprovou por maioria qualificada, o projeto sobre imigração proposto pela Presidência do bloco com o intuito de amenizar a crise de refugiados que atinge o continente e a qual já é considerada a pior desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). De acordo com fontes locais, Romênia, República Tcheca, Eslováquia e Hungria votaram contra o documento, enquanto a Finlândia se absteve. O projeto prevê a redistribuição de 120 mil imigrantes que chegaram à Europa nos últimos meses e se concentraram principalmente na Itália, Grécia e Hungria. Com a medida, os estrangeiros serão enviados para outros países-membros do bloco.

O presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, fez um apelo para que sejam alocados mais recursos para as operações da Frontex e mais investimentos nos países que têm saída para o Mar Mediterrâneo ou ficam fronteira com o Oriente Médio.

"Não estamos pedindo um cheque em branco. Sabemos que são tempos difíceis, mas não são menos difíceis nesta região do planeta", disse Juncker.

Segundo ele, o Executivo europeu propôs um aumento de nove bilhões de euros os fundos para as crises externas em 2016. Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento da Europa (OCDE) anunciou que o continente deverá bater o recorde neste ano com um milhão de pedidos de asilo ou refúgio. "A Europa atingirá em 2015 um nível sem precedentes de solicitações de asilo e refúgio, atingindo a marca de um milhão", disse o organismo, em um estudo apresentado hoje em Paris, na França. "A atual crise humanitária é sem precedentes.

Os custos humanos são assustadores e inaceitáveis", alertou. Sob pedido da chanceler alemã, Angela Merkel, o Conselho Europeu se reunirá para discutir a crise de refugiados.

Berlim tem feito constantes apelos nas últimas duas semanas para que a UE adote medidas de responsabilidade compartilhada para gerenciar a situação. "Seria inaceitável se, ao final de tudo, mandarmos uma mensagem de que a Europa é incapaz de encontrar uma solução", criticou o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere.

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