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Em discurso de fim de ano, Mattarella pede fim de guerra na Ucrânia

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, fez seu tradicional discurso de fim de ano e pediu, entre outras coisas, o fim da guerra da Ucrânia.

“Se esse foi o ano da guerra, precisamos concentrar esforços para que 2023 seja o ano do fim das hostilidades, do silêncio das armas, do fim dessa desumana sede de sangue, de mortes, de sofrimento. A paz é parte fundamental da identidade europeia e, desde o início do conflito, a Europa a está buscando com justiça e na liberdade. O papa Francisco também exorta constantemente a paz”, afirmou.

O mandatário italiano ainda ressaltou que os graves danos provocados pela guerra “fazem com que a responsabilidade recaia inteiramente em quem agride e não em que defende ou ajuda a se defender”.

Mattarella ainda pediu que os jovens no mundo lutem contra obscurantismo e contra “formas de visão que fazem querer voltar na história”. “Os jovens do Irã testemunham isso com a sua coragem; as mulheres afegãs que lutam por sua liberdade também. Assim como os jovens russos que desafiam a repressão para dizer ‘não’ a guerra”, pontuou.

O líder italiano ainda classificou como “escolhas estratégicas claras” a união com a “Europa, Ocidente e todas as nossas alianças” O chefe de Estado italiano afirmou que, apesar da pandemia de Covid-19 ainda não ter “sido derrotada definitivamente”, a crise sanitária “deu ensinamentos que não podem ser esquecidos”.

“Nós entendemos que a ciência, as instituições civis, a solidariedade concreta são recursos preciosos de uma comunidade, e tanto mais eles são eficazes mais são capazes de se integrar, de apoiar cada caso. Quanto mais produzem, mais confiança e responsabilidade têm nas vidas das pessoas”, pontuou.

Mattarella também destacou em seu discurso que a democracia do país se mostrou “madura” em um ano que os cidadãos foram às urnas mais uma vez.

“A concretude da realidade convocou todos a responsabilidade. Solicita a todos que se apliquem em responder com urgência aos problemas. Essa consciência, no respeito à dialética entre maioria e oposição, induz a uma visão comum do nosso sistema democrático, ao respeito das regras que não podem ser desmontadas e do papel de todos na vida política da República. Esse é o espírito da Constituição “, pontuou.

O mandatário ainda falou sobre o fato da Itália ter sua primeira mulher como chefe de governo, a ultranacionalista Giorgia Meloni.

“O claro resultado eleitoral permitiu o nascimento veloz do novo governo, guiado, pela primeira vez, por uma mulher. Essa é uma novidade de grande significado social e cultural, que há tempo estava madura no país e que hoje virou realidade”, destacou.

O presidente italiano, que está em seu segundo mandato consecutivo, ainda pontuou que “no espaço de poucos anos, todas as forças políticas no Parlamento se alternaram no governo” e por isso pediu união.

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