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Vice-premier italiano Luigi Di Maio se reúne com líder de coletes amarelos

O ministro do Trabalho e vice-premier da Itália, Luigi Di Maio, se reuniu com Christophe Chalençon, um dos líderes do movimento dos “coletes amarelos”, em Montargis, a 120 quilômetros de Paris.

Di Maio estava acompanhado do ex-deputado Alessandro Di Battisti, um dos expoentes mais radicais do partido antissistema italiano Movimento 5 Estrelas (M5S). “São muitas as [nossas] posições e valores em comum que colocam no centro da batalha os cidadãos, os direitos sociais, a democracia direta e o meio ambiente”, disse a assessoria de Di Maio.

Já existe a expectativa por uma nova reunião, mas desta vez em Roma. “Estamos de acordo sobre praticamente tudo”, declarou Chalençon à ANSA. Na próxima semana, ele deve viajar à capital da Itália com Ingrid Levavasseur, líder de uma lista dos “coletes amarelos” para as eleições europeias de maio.

O movimento nasceu em novembro passado, em protesto contra as políticas econômicas do presidente da França, Emmanuel Macron, e possui várias lideranças que muitas vezes não estão de acordo entre si. Chalençon, no fim do ano passado, chegou até a pedir uma intervenção do Exército para derrubar o governo.

Por outro lado, outro expoente dos “coletes amarelos”, Eric Drouet, que se professa apolítico, tomou distância do encontro e criticou qualquer “iniciativa política feita em nome” do movimento. A reunião desta terça foi pedida pelo próprio Di Maio, em meio à batalha retórica entre Itália e França em vista das eleições para o Parlamento Europeu.

Recentemente, Macron afirmou que o país vizinho merece “líderes à altura de sua história”, após ter sido acusado por Di Maio e pelo também vice-premier Matteo Salvini, da ultranacionalista Liga, de explorar a África e causar a crise migratória no Mediterrâneo e de proteger “terroristas” italianos foragidos.

O presidente da França depende de um bom resultado nas eleições para o Parlamento Europeu para se reforçar e levar adiante seu projeto de reforma da União Europeia. Salvini e Di Maio, por sua vez, tentam capitanear separadamente um crescimento inédito de forças nacionalistas e antissistema no bloco.

 

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