As famílias italianas são as mais unidas, mas também as que mais discutem na Europa, de acordo com um estudo realizado em seis países do Velho Continente.
A pesquisa relevou que embora na Itália as pessoas dediquem mais tempo às crianças, é também onde as relações são mais conturbadas do que no passado, e principalmente onde há mais discussões.
As conclusões que surgem da pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, indicam que mais da metade dos italianos (56%) passam mais de duas horas diárias com seus próprios filhos, e para 26% deles este tempo dobra ou triplica.
Estes números são impensáveis para a maioria dos espanhóis (60%), franceses (59%) e belgas (57%) que passam menos de duas horas diárias com seus filhos, e até menos que uma (30%).
Já os ingleses (51%) e holandeses (49%) continuam na média das duas horas diárias.
Um grande número de italianos, espanhóis e franceses (70%) também gostaria de passar mais tempo com a família e, principalmente os italianos (76%) têm a impressão de não investir o suficiente no núcleo familiar.
É na Holanda onde há mais 'fusão' nas relações familiares, com o maior índice de cumplicidade (90%) e o menor de brigas (12%), seguida por Bélgica (84%) e França (78%).
Segundo o estudo citado, Espanha (38%), Itália e Inglaterra (29%) são os países onde mais se briga em família. Além disso, os italianos (64%) estão entre os europeus que acreditam que as relações entre pais e filhos são mais difíceis do que no passado.
"A família vem em primeiro lugar na Itália e Holanda", revela Ipsos. A maioria dos italianos (86%) e holandeses (73%) considera que os familiares são mais importantes que os amigos, ao contrário do que ocorre na França, Inglaterra e Espanha. Segundo os pesquisadores, nestes países existe um conceito ampliado das relações familiares, onde os laços de sangue e de amizade estão em pé de igualdade.
Para a maioria dos entrevistados, mas especialmente para os italianos (60%), o mais importante quando se está em família é "compartilhar as alegrias e as emoções".