
O governo italiano contestou o embaixador de Israel em Roma sobre a conduta dos militares israelenses contra uma delegação de diplomatas durante visita a Jenin, na Cisjordânia, e voltou a pedir o fim das operações na Faixa de Gaza.
O secretário-geral da Farnesina, embaixador Riccardo Guariglia, convocou o embaixador israelense Jonathan Peled, ao Ministério das Relações Exteriores para “protestar e exigir explicações sobre o incidente de hoje, no qual uma delegação diplomática de países da União Europeia, que incluía o vice-cônsul italiano em Jerusalém, foi alvo de tiros de soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI) na entrada do campo de refugiados de Jenin”.
Segundo nota oficial, Guariglia contestou a conduta dos militares israelenses, definindo como “inaceitável que uma delegação diplomática civil tenha sido retirada de uma área vigiada pelos militares com o uso de armas de fogo”.
Além disso, o diplomata italiano “repetiu” a Peled “o que o governo italiano vem insistindo há dias e que o ministro [das Relações Exteriores] Antonio Tajani também declarou publicamente: Israel deve interromper as operações militares em Gaza”.
Para Guariglia, Israel deve concentrar-se nas negociações para a libertação dos reféns israelenses e chegar a um cessar-fogo que possa reiniciar um processo de paz”.
Por fim, destacou que o governo do premiê Benjamin Netanyahu precisa “abrir imediatamente as passagens para Gaza para permitir a entrada em massa de alimentos e ajuda médica para a população palestina”.